Aos pequenos de Realengo
Cris Sousil 08.04.2011
Pequenos corpos de Realengo
Com suas suplicas caladas por ódio e pólvora,
Que sentiram enquanto eram saqueados?
Almas arrastadas para longe de seus lares terrenais
…e já náo haverao primeiros ou terceiros beijos,
nem sequer o pao com manteiga com mamae e papai,
nada de recitais do pop star juvenil,
nada de pipoca no cinema do centro,
nada de praia ou parque com os amigos,
nada de vestido ou gravata de formatura,
nada de primeiros empregos,
nada de abracos amorosos ou fraternais.
Já nao se preocuparao com os exames de sexta,
e tampouco desfrutarao o recreio de todos os dias.
Ah pequenos corpos de Realengo,
choro a ausencia de seus sonhos,
choro o sorriso que antes tinham,
e até mesma as lágrima de duras vidas,
choro a inocencia e travessura de seus 12 anos,
choro o choro desesperador de seus pais.
Grandes Pequenos
que possam despir-se de tamanho caos,
e flutuar suas novas vidas,
sem o tremor dolorido que atrevessou seus corpos,
sem o precipicio de momentos antes,
que caminhem leves e límpidos
e
bem longe de suas almas:
a bruta âncora morte que condenou os seus
pequenos corpos
de Realengo.
viernes, abril 08, 2011
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Uma dolorida tragédia como esta só vem dolorosamente nos gritar a falta de Amor Incondicional no coração dos seres humanos...
ResponderBorrar... A falta de AMOR nos valores das Sociedades Planetária, este é o ponto que deflagra toda a violência e dor que estamos vivendo! E estes são os tempos da falada "Transição do Planeta"!
Cris, teu Poema eleva-se como uma súplica em favor da PAZ! Lindo!
Beijos Mil!